This site uses cookies.
Some of these cookies are essential to the operation of the site,
while others help to improve your experience by providing insights into how the site is being used.
For more information, please see the ProZ.com privacy policy.
Freelance translator and/or interpreter, Verified site user
Data security
This person has a SecurePRO™ card. Because this person is not a ProZ.com Plus subscriber, to view his or her SecurePRO™ card you must be a ProZ.com Business member or Plus subscriber.
Affiliations
This person is not affiliated with any business or Blue Board record at ProZ.com.
Services
Translation, Editing/proofreading
Expertise
Specializes in:
Cinema, Film, TV, Drama
Linguistics
Also works in:
Law: Contract(s)
Poetry & Literature
More
Less
Rates
Portfolio
Sample translations submitted: 2
Portuguese to English: CORA CORALINA MUSEUM Detailed field: Poetry & Literature
Source text - Portuguese O discurso poético de Cora Coralina perpassa uma história de vida que está preservada no Museu Casa de Cora Coralina – sua casa secular de família, às margens do Rio Vermelho, na cidade de Goiás, no estado de Goiás, centro oeste brasileiro.
A Casa Velha da Ponte foi construída no século XVIII para uso dos “Recebedores do Quinto Real”. Na década de 1770, foi residência do inconfidente capitão-mor de Vila Boa, Antônio de Souza Telles e Menezes. Após a morte do capitão-mor, em 1804, a casa esteve com o capitão José Joaquim Pulquério dos Santos e foi alugada em 1811, por 57.600 réis, ao secretário do governo da capitania, coronel José Amado Grehon. Em 1825 foi posta em hasta pública pela Fazenda Real e adquirida pelo sargento-mor João José do Couto Guimarães, trisavô de Cora Coralina, passando a pertencer à família da escritora.
A Casa Velha da Ponte mantém acessível sua memória, pois os interiores dessa casa ancestral vêm recebendo pessoas que entram e saem, buscando conhecer Cora Coralina.
A Associação Casa de Cora Coralina, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, com o objetivo imediato de lutar pela preservação da vida e da obra de Cora Coralina. Foi criada em 27 de setembro de 1985, logo após o falecimento de Cora Coralina, por amigos e familiares da poetisa que se mobilizaram na intenção de manter viva sua memória, seu trabalho, suas idéias, sonhos e propostas.
Seu acervo vem sendo constituído ao longo dos anos e está preservado com o intuito de preservar a memória da poetisa em simbiose com a comunidade de Goiás. Há desde peças de roupas, até fotos, utensílios domésticos, livros, móveis e homenagens, no interior da casa; além do jardim nos fundos, e da bica de água potável.
Destaque especial para o acervo documental, com as correspondências particulares da escritora e originais de sua obra hoje totalmente organizado e permitindo o acesso a pesquisadores. Nos últimos anos diversas publicações foram editadas com pesquisas realizadas no acervo trazendo a luz vários aspectos da vida da poeta.
O museu foi inaugurado em 1989 e nos estatutos aprovados constam como finalidades: “projetar, executar, colaborar e incentivar atividades culturais, artísticas, educacionais e filantrópicas visando, sobretudo, à valorização da identidade sociocultural do povo goiano, bem como preservar a memória e divulgar a obra de Cora Coralina”. É um museu casa que preserva a obra da escritora e seus objetos pessoais.
Percorrer suas salas é vislumbrar o mundo mágico da escritora e entender um pouco mais sobre esta mulher batalhadora, a frente de seu tempo.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto nasceu em 20 de agosto de 1889, na Casa Velha da Ponte. Filha do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacinta Luiza do Couto Brandão. Cora, ou Aninha (apelido para seu nome de batismo), estudou apenas até a terceira série primária. Aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. A poetisa apareceu no cenário literário local na adolescência, quando participou, com outras escritoras locais, da elaboração do jornal A Rosa, em 1907. Em 1910, aos 21 anos de idade, escreveu o conto Tragédia na Roça, que foi publicado no Anuário Geográfico e Histórico, assim, tornou-se conhecida por vários críticos da época pelo pseudônimo Cora Coralina que passou a fazer uso neste meio. É dessa primeira fase de sua vida que Cora extraiu as memórias que compõem a maior parte de seus poemas. É como Aninha que Cora se auto-nomeia e é através de seus olhos inquietos de criança que surgiria um futuro olhar poético.
Em 1910 Cora se casa com Cantídio Bretas. Em 1911, parte, já grávida de sua primeira filha, para São Paulo. Nessa fase de sua vida, Cora assume o papel de mãe e dona de casa, entrando em uma nova etapa de sua vida. Cora teve 6 filhos e ficou 45 anos morando no estado de São Paulo. Cantídio faleceu em 1934. Já viúva, aos 67 anos de idade, voltou à sua cidade natal.
Sua poesia tornou-se conhecida e valorizada, nacionalmente, principalmente depois de publicados os dizeres de dois escritores sobre sua pessoa: Osvaldino Marques - escritor maranhense, que escreveu o artigo ‘Cora Coralina, professora de existência’, na década de 70, e Carlos Drummond de Andrade, que na década de 80, lançou a famosa mensagem pública declarando ser ela a pessoa mais importante de Goiás. É nesse momento que Cora Coralina surge como escritora.
Seu primeiro livro só foi publicado em 1965, aos 76 anos. É uma história de vida contada na perspectiva de uma mulher que, só no fim da vida, encontrou na poesia o devido espaço para expressar, com singularidade, suas percepções sobre o tempo em que viveu. Ela se mostra, principalmente neste momento de sua vida, uma mulher independente nas idéias e atitudes.
Cora Coralina faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia, tendo sido o seu corpo levado para Goiás, onde se encontra no Cemitério São Miguel. Sua poesia permanece mais viva do que nunca, na memória de muitos que admiram a sua história.
Quando eu morrer, não morrerei de tudo. Estarei sempre nas páginas deste livro, criação mais viva Da minha vida interior em parto solitário. (Vintém de cobre ‘Meias Confissões de Aninha’, p.52, 8°ed., 1996)
Translation - English Cora Coralina’s poetic discourse pervades a life story preserved at the Cora Coralina Museum - her century family house, on the banks of Rio Vermelho, in the city and state of Goiás, Midwest Brazil.
The Old Bridge House was built in the 18th century for the use of the “The Royal Tax Collectors”. During the 1770’s, it was the residence of the conspirator captain-major of Vila Boa, Antonio de Souza Telles e Menezes. After the captain-major’s death in 1804 the house went to captain José Joaquim Pulquério dos Santos, and in 1811, it was rented by the captaincy government secretary, colonel José Amado Grehon, for the sum of 57.600 réis. In 1825, the house was put in public auction by the Royal Treasury and was bought by sergeant-major Joao José do Couto Guimaraes, Cora Coralina’s great great grandfather who brought the house into the writer’s family.
The Old Bridge House keeps her memory accessible to people that come to its ancestral interior seeking to know Cora Coralina.
The Casa de Coralina Association is a non-profit and private legal entity whose purpose is to fight for the preservation of Cora Coralina’s life and work. It was created on September 27 in 1985, by her friends and family, right after Cora Coralina passed away. They mobilized themselves with the intention of keeping alive her memory, her work, her ideas, dreams and propositions.
The Casa de Coralina’s collection has been assembled throughout the years and is being preserved with the intent of keeping the poetess’ memory with help of the community of Goiás which also benefits from that. The interior part of the households everything, from clothing to pictures, domestic utensils, books, furniture, and types of homage. Outside there is also a backyard garden and a fountain of potable water.
A special highlight is given to the documental collection that comprises the writer’s private correspondence and originals of her work. Everything is completely organized allowing therefore easy access to researchers. In the last few years several publications have been edited and researches were conducted into the collection, bringing to life many aspects of the poetess’ life.
The museum was inaugurated in 1989 and the following objectives were included in the approved statutes: “To design, execute, collaborate and stimulate cultural and artistic activities along with educational and philanthropic ones. The main aim is the valorisation of a socio-cultural identity of the people of Goiás as well as the preservation of the memory, promoting therefore Cora Coralina’s work”. It is a house museum that protects the writer’s work and personal objects.
To walk around its rooms is to catch a glimpse of the writer’s magical world and understand a little bit more about a woman who was a fighter ahead of her time.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto was born in August the 20th 1889, in the Old Bridge House. Cora or Aninha (nickname to her baptismal name) was the daughter of the appeals court judge Francisco de Paula Lins dos Guimaraes Peixoto and Jacinta Luiza do Couto Brandao. She studied only up to 4th grade and at the age of 14 she wrote her first poems and short stories. The teenage poetess appeared on the local literary movement in 1907 when she participated in the elaboration of “A Rosa” (The Rose) journal along with other local writers. In 1910, at the age of 21, she wrote the short story “Tragédia na Roça” (Tragedy in the Countryside) which was published in the Yearbook of Geography and History. She then became well known by many critics as Cora Coralina. It is from this first phase of her life that Cora rekindled the memories that compose most of her poems. Cora calls herself Aninha and it is through the child’s restless eyes that comes a future poetic look.
In 1910 Cora marries Cantídio Bretas and in 1911, already pregnant with her first daughter, she moves to São Paulo. Cora becomes a housewife and a mother, entering a new stage in her life. Cora had six children and lived in Sao Paulo for forty-five years. Cantídio passed away in 1934 and Cora moved back to her home town, at the age of 67.
Her poetry became well known and valued nationwide specially after being reviewed by the authors Osvaldino Marques – a writer from the Maranhão state who wrote the article: "Cora Coralina, an existence teacher" in the 70's, and Carlos Drummond de Andrade in the 80's, who publicly announced that she was the most important person in the state of Goiás. It is at this precise moment that Cora Coralina appears as a writer.
Her first book was published in 1965, when she was 76 years old. It is the life story told from the perspective of a woman that only in the very last days of her life found in poetry the right place to express her perceptions about the time she belonged to. Now, more than ever, she shows herself as a woman with independent ideas and attitudes.
Cora Coralina passed away on April 10, 1985, in Goiânia. Her body was taken to the state of Goiás and laid to rest at the São Miguel Cemetery. Her poetry is stronger than ever in the memory of many admirers of her story.
When I am dead, it won't be for good
I'll always be on these pages, most living creation
Of my inner life in lonely birth.
Portuguese to English: CASA GUIMARÃES ROSA MUSEUM
Source text - Portuguese No final do século XIX, princípio do século XX, era comum, sobretudo nas cidades do interior mineiro, a utilização das casas como residência particular e estabelecimento comercial. Assim foi construída a casa em que João Guimarães Rosa passou a infância e onde o pai do escritor, Floduardo Pinto Rosa, possuía a sua venda, tipicamente mineira. Localizada na Rua Padre João, esquina com a Travessa Guimarães Rosa, e de arquitetura modesta, a casa apresenta varanda lateral, cunhais de madeira pintada, paredes de adobe, cobertura em duas águas, vãos internos em linhas retas e acabamento singelo.
A lojinha do seu Fulô funcionou até em 1923, conforme informação do comerciante Elpídio Meirelles de Avellar, que o sucedeu em Cordisburgo.
Na década de 1980, o Museu sofreu algumas intervenções onde foram organizados seus documentos textuais e executado um novo projeto expográfico, com a reconstituição do estabelecimento comercial mantido pelo seu Fulo, pai do escritor, que funcionava em um cômodo integrado à residência da família, como era de costume nas pequenas cidades do interior de Minas.
Concretamente, o turismo cultural e de pesquisadores em Cordisburgo, aliado à participação efetiva da comunidade nas atividades do Museu, resultaram em projetos e atividades que vêm ampliando a atuação museológica para além dos limites estritamente institucionais. São projetos, eventos e atividades desenvolvidos pela Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa (AAMCGR), e que visam divulgar a obra do escritor para o turista e, sobretudo, para a população local.
Um desses projetos é a Semana Roseana que acontece a 20 anos em data próxima ao aniversário de nascimento do escritor, atraindo um turismo cultural significativo não apenas de outras regiões do Estado como do país, além de reunir pesquisadores e estudiosos provenientes de centros acadêmicos, a exemplo da USP, UFMG, UFRJ, PUC-MG. O evento abrange diferentes atividades como oficinas literárias, de música, de artes plásticas (desenho, xilogravura), fotografia, palestras, apresentações teatrais, lançamento de livros, feira de artesanato e shows musicais.
Também é realizada a caminhada eco-literária, que percorre itinerário urbano e rural registrados por Rosa em sua literatura, como a antiga Estação Ferroviária, a própria Casa onde vivia o escritor, hoje sede do Museu, a Capela de São José, Fazendas e Cidades vizinhas como Três Marias e Morro da Garça.
Acompanhada por conhecedores locais da obra de Guimarães Rosa ou pelo Grupo de Contadores de Estórias Miguilim, a Caminhada permite aos participantes conhecer a paisagem do cerrado e a cultura do sertão perenizados na obra do escritor.
D - Criado em 1995, com o objetivo de prestar acompanhamento e enriquecer as visitas ao Museu, o Grupo ultrapassou as fronteiras institucionais, adquirindo expressão regional e nacional. Além do espaço do Museu o Grupo tem-se apresentado em diferentes cidades de Minas e do país, em universidades, congressos, seminários, escolas de 1º e 2° graus, instituições culturais e filantrópicas.
Em 2006 foi lançado o livro “O Coração do Lugar” – Depoimentos para Guimarães. É um livro que constrói uma relação entre a realidade vivida e a obra literária através da reunião de memórias individuais e coletivas, tendo como referência o rico acervo de correspondências do escritor que se encontra no Museu.
O caráter contínuo e permanente desses projetos, envolvendo diferentes atores, em especial moradores de Cordisburgo, consolidaram uma dinâmica culturalmente produtiva, assinalando perspectivas museológicas inovadoras, que começam a ser exploradas pelo próprio Museu. Os processos de difusão e apropriação social da obra literária de Guimarães Rosa e o reconhecimento da população local de um acervo museológico que extrapola os muros institucionais são experiências que serão cada vez mais assumidas e incorporadas pelo Museu.
"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."
Translation - English By the end of the 19th century up until the early 20th century, it was common the use of one’s house as a residence and a commercial establishment at the same time. That was exactly how João Guimarães Rosa’s childhood home was built. His father, Floduardo Pinto Rosa who was also a writer, owned a small market very typical from the state of Minas Gerais. Located on the corner of Padre Joao street and Guimarães Rosa lane, the house had a modest architecture, featuring a side balcony, painted wood cornerstones, adobe walls, gable roof, straight line spans in the interior and a light end finishing.
According to Elpidio Meirelles, who was also a shop owner in Cordisburgo at that time, Mr. Fulo’s small market was active until 1923.
During the 80’s the Museum went through some interventions where text documents were organized. A new expo-graphic project was also executed and the old commercial establishment, which was kept by Mr. Fulo – the writer’s father, was rebuilt. It used to function in a contiguous room, as it was common in small towns in the countryside of Minas Gerais.
Cultural and research tourism in Cordisburgo along with the community’s effective participation at the museum concretely resulted in projects and activities that have been widening the museum’s work beyond the institutional boundaries. The Friend Association of Casa Guimarães Rosa Museum (AAMCGR) has developed projects and events with the objective of presenting the writer’s work to the tourists and, most of all, to the local community.
One of these projects is called Roseana Week. It has been happening for twenty years, always around the date of the writer’s birthday. This project attracts tourists from all over the country as well as gathering scholars and researchers from several academic centers and universities such as the University of São Paulo, University of Minas Gerais, University of Rio de Janeiro and Pontifical Catholic University of Minas Gerais. The event includes different activities such as workshops of literature, music and fine arts (drawing and woodprint), photography, lectures, plays, book launches, craftwork fairs and music concerts.
A co-literary walk also takes place throughout the city and rural environs mentioned by Rosa in his literature, such as the old Railway Station, his own house, São José Chapel, farms and neighbor towns like Três Marias and Morro da Garça.
The walk is led by local guides or by the story telling group Contadores de Histórias de Miguilim, allowing the participants to know the landscape of the Brazilian savanna and the culture of sertão (Brazil’s backcountry) perpetuated in the writer’s work.
Created in 1995 with the purpose of guiding and enriching the museum tours, the group has expanded its actions beyond institutional work, calling regional and national attention. In addition to the Museum’s space, the group has performed throughout different cities around Minas and around the country, at universities, congresses, seminars, schools, cultural and philanthropic institutions.
In 2006 the book “O Coração do Lugar (The Heart of the Place) - Testimonials to Guimarães” came out. This book builds up a relationship between real life and literary work through the gathering of individual and collective memories. It has as reference a rich collection of the writer’s correspondences which can be found in the museum.
These projects have a continuous and permanent nature involving different actors specially the people of Cordisburgo. They have consolidated a culturally productive dynamic, putting forth an innovative museology perspective that is now being explored by the Museum itself. The diffusion and social appropriation of Guimarães Rosa’s literary work and the recognition by the local community of a museum collection the goes beyond the institution’s walls, are attitudes that will be more and more incorporated and taken on by the Museum.
“When I write, I repeat what I’ve lived before.
And for both these lives, a single lexicon is not enough.
In other words, I would like to be a crocodile
living in the São Francisco river. I would like to be
a crocodile because I love the great rivers,
for they’re as deep as a man’s soul.
Spirited and clear on the surface,
but dark and quiet in the depths
as is the suffering of men.”
More
Less
Experience
Years of experience: 18. Registered at ProZ.com: May 2011.